Educação em Foco - A Programação Neurolinguística na sala de aula

Educação em foco

01 Julho, 2017

  "A Programação Neurolinguística na sala de aula".

Falar sobre professores usando técnicas de Programação Neurolinguística em sala de aula é, sem dúvida, falar sobre um aspecto do futuro da educação.
Imagine um profissional que conhece sobre Sistemas Representacionais: sistemas que todos nós humanos usamos para capturar e interpretar a realidade que percebemos através dos nossos sentidos: visual, auditivo e cinestésico. Uma peculiaridade interessante é que cada ser humano tem um sistema representacional preferido que o guia nas suas interpretações de mundo: um aluno auditivo dá mais importância ao que o professor fala e menos importância aos escritos da lousa. Um aluno visual age de forma contrária: se apega muito aos símbolos escritos e não dá tanta importância ao que o educador fala; um aluno cinestésico, por sua vez, está atento às suas próprias formas de sentir o afeto no momento, ele estará conectado com o tipo de emoção que ele está sentindo durante a aula. Um profissional que tem treinamento para detectar sistemas representacionais se comunica com o aluno através do sistema representacional do aluno, ajuda e interfere no processo de aprendizado através de técnicas de comunicação que simulam o sistema representacional preferido do aluno. É como se tornar um camaleão na comunicação. Tudo em prol da excelência dos processos de transmissão de informação.
Imagine também um professor que conheça sobre Níveis Neurológicos, uma linha de estudo de Robert Dilts, um dos grandes nomes da PNL, que demonstra que as nossas crenças, sejam elas quais forem, se manifestam através de níveis neurológicos de interpretação: ambiente, comportamento, capacidade, valores, identidade e espiritualidade. Fato comum em sala de aula é o aluno nos comunicar um problema dentro de um nível neurológico específico e nós, por falta de conhecimento nessa área, oferecemos uma resolução que não atinge o nível neurológico do problema. Vou dar um exemplo: digamos que a reclamação de um aluno seja do nível neurológico de ambiente: 
- Professor, eu não consigo fazer isso aqui. (Ele acentua a palavra "aqui").
Uma conduta que muitos educadores tomariam no exemplo acima é o de dizer para o aluno que ele tem "capacidade" para resolver aquele problema, pois acreditam estar valorizando a autoestima do estudante. Porém, o nível neurológico do problema é da ordem de "ambiente" e não de "capacidade". Agir dessa forma é resolver o problema de alguém com sede apenas dizendo à pessoa que ela tem capacidade para beber água. O problema principal não é resolvido.
Essas técnicas de comunicação e habilidades de percepção estão disponíveis para os educadores que queiram estudar PNL. Um professor deve ser um conhecedor de comportamentos e emoções, um gestor de alunos. E por isso, vejo a PNL como uma poderosa ferramenta que desenvolve habilidades perceptivas e que facilita a comunicação entre professor e aluno na sala de aula.


João Rilton

Bacharel em Composição Musical (FMU-FAAM), Pós-graduação em Inovação na Educação (IBFE), Psicanalista Clínico (Sociedade Brasileira de Psicanálise Moderna), Master Trainer em Programação Neurolinguística (PNL-ACTIUS), Instrutor de Yoga  (ISVARA-União do Yoga Brasil). Coordenador e professor na Pós-graduação em Neurociência aplicada à educação (IBFE). Professor de Programação Neurolinguística e Comunicação Verbal na Pós-graduação em Inovação em Educação (IBFE). Professor de música (EF2) no Colégio Notre Dame Campinas, músico profissional, pianista, compositor, arranjador e Instrutor de Hatha-Yoga e Meditação.