Sentido da Vida - Vida Interior - por Fausto Ferreira

"Construção de uma identidade sólida fundamentada em valores, que nos permite fazer boas escolhas, que nos permite serenidade, paz de espírito e realização plena" - Lúcia Helena Galvão, filósofa.

A importância dessa vida interior, dentre outras coisas, é a nossa busca pelo ideal de humanidade, que é a construção da visão do coletivo e sua práxis, baseada na solidez daquilo que foi construído individualmente.

A partir dessa busca interna, individualizada e cuidada pela consciência, podemos expressar realmente quem somos. Não há uma forma correta, cada um encontra a sua.

Entendo que tudo aquilo que contribui para o alcance da sabedoria é, em última análise, o ápice da evolução do homem como forma de elevação da consciência.

Esse encontro conosco mesmo é algo profundo, que muitas vezes dói e é desconfortante, mas nos deixa longe da superficialidade. Superficialidade essa de análise, de julgamento, de escolhas e de entendimento do mundo.

Bom lembrar, de forma cirúrgica, que pessoas superficiais não transformarão o mundo.

"O Medíocre discute sobre pessoas, o comum discute sobre fatos e o sábio discute sobre ideias". 

Partindo-se dessa referência, de origem desconhecida, encontramos exatamente aquilo que irá nos diferenciar da manada de gnus (manada de bovinos, nômades, migratórios, que se movimentam compactamente seguindo um líder). Nós humanos, utilizando de nossa oficina interna, o cérebro, desenvolvemos as ideias sobre as quais poderemos discutir.

O foco aqui é a construção de nossa vida interior e, para isso, as conjecturas e reflexões, nos levam a descartar a bagagem extra de amarguras, dúvidas, dores e pesos que não nos cabe, para focarmos única e exclusivamente naquilo que realmente importa.

Portanto, a essência que nos define, está fundamentada em valores sólidos e não nos modismos e superficialidades que nos são impostos nas relações sociais. 

Termino aqui com uma provocação, que julgo importante, que é a necessidade premente de mantermos nossas consciências elevadas, para mantermos a compreensão do mundo e sermos capazes de inspirar aqueles com quem convivemos, buscando influenciar a consciência coletiva a se tornar cada vez mais desperta,  para que não sejamos subjugados.