Neurociência e Comunicação - A felicidade é possível? - por João Rilton
21 Setembro, 2018
Martin Seligman, psicólogo da Universidade da Pensilvânia e ex-presidente da Associação Americana de psicologia, é o nome mais famoso da Psicologia Positiva, um ramo da psicologia derivado da Psicologia Humanista, que vê o homem como um ser apto ao desenvolvimento pessoal e com uma tendência a sempre melhorar, que não é escravo de seus instintos primitivos, mas sim, atuante sobre o seu próprio destino, agindo de forma a construir uma conexão entre significado, estratégia e realização. Em outras palavras, a Psicologia Positiva acredita que podemos realizar sonhos pessoais, que podem ser de ordem profissional, pessoal, física, etc. As realizações se dão através de autoconhecimento, propósito, foco, estratégia, treino e observação consciente. Ela diz que podemos alcançar estágios emocionais muito satisfatórios através dessas realizações, e isso gerar sentimentos diferenciados que geram sensações físicas extremamente confortantes. Será que poderíamos chamar esses estados emocionais diferenciados, de felicidade? O nome que Martin Seligman dá a sua encorpada pesquisa científica sobre pessoas que relatam esses tipos de estados emocionais é Teoria da Felicidade.
A Teoria da Felicidade contempla cinco áreas: emoções positivas, engajamento, relacionamentos, significado e realização. Para Seligman, uma vida plena não significa uma vida sem problemas, nem tão pouco uma vida só de risos e gargalhadas, como que negando através de uma fuga, as dores que a vida proporciona. Uma vida plena é uma vida conectada com a ação. É importante que cada uma das cinco áreas descritas acima esteja em movimento contrário à estagnação. As emoções positivas, por exemplo, são importantes no contexto diário de emoções que sentimos. Elas geram disparos químicos que nos deixam em estados emocionais pré-dispostos a criatividade, confiança e alegria. Mas, precisamos de estratégias para desenvolver emoções positivas, não é algo assim tão simples, e isso é deixado bem claro na teoria de Seligman.
O engajamento é outra área importante no processo de autorealização. A teoria da felicidade diz que devemos estar engajados em algo que tenha muito significado para nós. Estar engajado, significa para ela, estar com o foco e a concentração direcionados para a realização de algo que realmente nos mova emocionalmente.
Outra área importante são os relacionamentos, e é aí que faz sentindo esse tema aqui no Blog, em uma coluna de comunicação. É muito importante termos relacionamentos saudáveis onde podemos ser nós mesmos e nos mostrarmos livremente, sem a preocupação com julgamentos. Para que alcancemos essa clareza na hora de decidirmos por nossos relacionamentos, devemos tomar a postura de uma comunicação não violenta e assertiva, para deixar bem claro ao outro a nossa real intenção dentro daquele relacionamento: seja ele amoroso, profissional ou de amizades pessoais. O que nós permitirmos de ações emocionais dentro de um relacionamento estará diretamente relacionado aos nossos estados emocionais, ou seja, diretamente ligado às nossas emoções positivas, por consequência, diretamente ligado à nossa felicidade. Para quem quer mais informações sobre Comunicação não violenta, tenho um texto aqui no blog que fala sobre esse assunto. E por tudo isso Viva a Comunicação!