Inclusão na prática - "A apostila está errada" uma dica sobre o TEA - por Maibí Mascarenhas

Uma mãe me relatou, sobre as atividades impressas enviadas durante a pandemia, que seu filho com TEA não conseguia copiar as letras da apostila e realizar a reprodução de palavras propostas.

Como não havia visto qual atividade havia sido encaminhada, solicitei as imagens e percebeu que a letra de capa era completamente diferente da letra das cópias solicitadas. Uma das fontes era toda trabalhada em detalhes desenhados e a outra, retilínea.

Para uma criança em alfabetização, as diferenças entre o traçado realmente podem gerar uma dificuldade de compreensão. Porém, para uma criança com TEA e TOC, que percebe os contextos de modo diferenciado e assume uma rotina cerebral de forma mais fixa, a diferença dos detalhes entravou sua produção acadêmica, mesmo que já estivesse na fase silábico-alfabética.

A adaptação foi bastante simples: bastou solicitar o arquivo matriz, alterar as letras com a fonte diferenciada e o aluno conseguiu realizar a tarefa.

O exemplo é simples, mas reforça o quanto a inclusão é mais viável do que muitos imaginam.